sexta-feira, 15 de maio de 2009


A Associação de Guias de Portugal


O entusiasmo que o Escotismo incutiu rapidamente em milhares de rapazes, foi-se transmitindo a muitas raparigas, desejosas de imitar seus irmãos nas práticas atractivas que o Movimento oferecia, o que levou à criação de um Movimento paralelo e exclusivo de raparigas, já que a mentalidade da época considerava inconcebível a integração de raparigas no Escotismo.

Foi a intervenção de Baden Powell solicitada para apoiar a criação do Escotismo para as raparigas. B.P. adoptou o método que concebera para rapazes, no que foi auxiliado por sua irmã Agnes Powell.

Mas foi só após o seu casamento, em 1912, e através da intervenção da sua mulher, que as GIRL GUIDES receberam o impulso que lhes deu a organização necessária.

Levou ainda alguns anos a chegar a Portugal o movimento associativo das raparigas e, ao que julgamos saber, foi a primeira Guia de Portugal, Maria Luísa Magalhães Esteves Pereira, mais tarde mais tarde também ligada à Fraternal dos Antigos Escoteiros de Portugal (FAEP), desde que se fundou em 1950.

O escotismo feminino nasceu em Portugal em 1933 com a Associação Escotista Feminina.

Já no Colégio Inglês em Carcavelos tinham aparecido as Girl Guides, que se guiavam pelos Estatutos Ingleses, assim como uma Companhia que se fundara no Funchal.

Reconhecendo porém, que só a direcção formada por senhoras portuguesas e com estatutos aprovados oficialmente, o Escotismo feminino se poderia espalhar por todo o país, procuraram as Dirigentes das unidades femininas existentes a adesão de algumas senhoras de elevada categoria social e foi então criada a Associação de Guias de Portugal, cujos Estatutos foram aprovados em 11 de Abril de 1934 pelo Ministro da Instrução Pública.

No dia seguinte, as Guias de Portugal apresentaram-se em público pela primeira vez, precisamente na recepção a Baden Powell na sua segunda visita a Lisboa.

Infelizmente, em 1936 esta Associação, que começava a espalhar-se com entusiasmo por todo o país, acusa o golpe muito duro por o que é então atingido todo o Escotismo em Portugal.

A ditadura que se apodera do nosso país, acaba com todas as Companhias existentes, à excepção apenas das de Luanda, que continuaram a funcionar durante mais dois anos (até que um Decreto do Ministério das Colónias suspende todo o Movimento Escotista no Ultramar Português), e da Companhia do Funchal que ainda hoje existe.

A pressão do Governo Português de então, mergulhado em escuros propósitos de supressão do Escotismo em Portugal, não veio a concretizar-se, porém, visto que a A.E.P. e o C.N.E. continuaram em funcionamento embora sujeitos a condicionalismos vários e na dependência do Comissário Nacional da Mocidade Portuguêsa.

A actividade das Guias de Portugal volta a observar-se por volta dos anos cinquenta. Em Março de 1953 surge a 1ª Companhia de Guias de Portugal, designada "Rainha D. Leonor", anexa à Igreja Presbiteriana, na Rua de S. Bento em Lisboa.

À inauguração assistiram Denise Lester, que representava em Portugal a Secretária Mundial de Guidismo, e a senhora Frank Murray, do Conselho Nacional do Guidismo dos Estados Unidos da América.

A formação desta unidade, da qual foi Guia-Chefe Júlia Gomes pena Ribeiro e Sub-Chefe Sara de Oliveira Serra, despertou novamente o interesse pelo Guidismo e, em Julho de 1954, surgiu na Escola das Missionárias de Maria em Lisboa (Rato), outra Companhia de Guias, que disputou com a anterior o título de "Primeira".

Logo após começaram a surgir novas Companhias de Guias e logo começou a reorganizar a Associação de Guias de Portugal (A.G.P.), que realizou em 1956 o seu primeiro Conselho Nacional.

Todavia, os seus actuais Estatutos só foram aprovados por despacho do Secretário da Juventude e dos Desportos em 21 de Março de 1973, tendo sido publicados no "Diário do Governo" nº 223, III série de 22 de Setembro de 1973.

A Associação de Guias de Portugal, tem os seguintes Órgãos Nacionais Associativos:

Conselho Nacional e Comissão Executiva.

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