sexta-feira, 15 de maio de 2009

Historial do Grupo 72 do Cartaxo

* Decorria o Ano de 1979 e no dia 1 de Novembro era fundado na Associação dos Escoteiros de Portugal, o Grupo 72 dos Escoteiros do Cartaxo, para servir os jovens do Concelho na sua Educação e Formação através do Método Escotista.
Os primeiros passos deste que viria a ser o Grupo 72, foram dados entre 1977/78 através do caminheiro João Leal, sendo o seu espírito exclusivamente Católico, dado que este caminheiro iniciou a sua vida no Movimento Escotista como escoteiro em Santarém no C.N.E. (Corpo Nacional de Escutas - Escotismo Católico Português).
No Cartaxo nunca tendo chegado à realidade como um Corpo de Escutas, ficava-se então e penas, por um pequeno grupo de amigos que se ia reunindo aos Sábados à tarde numa garagem pertencente ao referido caminheiro.
Com o passar do tempo e com aparecimento de pessoas anteriormente ligadas ao Movimento e ao próprio João Leal, estes mostrando o interesse de dar maior desenvolvimento ao Escotismo no Cartaxo, surge através do Prof. Eduardo Nazareth Barbosa, Mário Júlio Reis, o João Leal, sua irmã Maria do Rosário Leal (Bé) e outros, a certeza do concretizar o que já há algum tempo atrás se tentava implantar no Cartaxo.
Existido dentro dos referidos e outros membros fundadores, algumas divergências de carácter religioso, o grupo 72 passou a definir-se e a formar-se oficialmente na A.E.P. (Associação dos Escoteiros de Portugal) e no dia 1 de Novembro de 1979 era dado como oficial o GRUPO 72 da ASSOCIAÇÃO dos ESCOTEIROS de PORTUGAL, na Vila do Cartaxo, conforme consta no Boletim Oficial da A.E.P., nº 01/80 de 04 de Março de 1980, nomeando a Direcção e Chefia do Grupo e restantes requisitos obrigatórios.
Para assinalar com maior relevo esta data, neste dia com a presença da Chefia Regional de Lisboa e a Chefia Nacional da A.E.P., foram realizadas as primeiras Investiduras dos primeiros Dirigentes do Grupo, ficando como Escoteiro Chefe de Grupo o Prof. Eduardo Nazareth Barbosa.
Sendo a população Cartaxeira desconhecedora do Movimento Escotista e a sua juventude resumida aos parcos recursos de diversão na época, a novidade no Cartaxo e a curiosidade popular, juntando-se também a importância dos apoios de pais e amigos, assim como os das Autarquias locais, levou ao grande crescimento deste Grupo de Escoteiros.
Havendo a necessidade de dar maior legalidade ao Grupo 72, para além da sua Associação onde estava filiado, foi lavrada no Cartório Notarial do Concelho do Cartaxo, a Certidão da Constituição do Grupo, conforme consta a data de 14 de Outubro de 1980, no Livro Notarial nº 386-B, folha nº 40 do referido Cartório.

ASSOCIAÇÃO DOS ESCOTEIROS DE PORTUGAL
Instituição Educativa Fundada em 6-9-1913
Reconhecida de Utilidade Publica
Fundadora da Organização Mundial do Escotismo (1922)
Considerada Benemérita (1917) - Cruz Vermelha de Mérito (1924)
Ordem de Benemerência (1931) - Medalha do Instituto de Socorros Náufragos (1974)

Boletim Oficial
Nº 01/80 - de 4 de Março de 1980


3.1.1.3 - Grupo 72 - Cartaxo

Satisfeitos todos os requisitos regulamentares e após pareceres favoráveis da Região de Lisboa e do Escoteiro Chefe Nacional, (art. nº 23 e art. nº 18 dos Estatutos da Associação dos Escoteiros de Portugal, procedeu-se à filiação definitiva de um Grupo de Escoteiros na Vila do Cartaxo, a que foi atribuído o nº 72 desta Associação.

Filiação considerada desde: 1 de Novembro de 1979.
Com sede em: Dependência da Praça de Touros, no Cartaxo
Lenço de cor branca, com barra azul-escuro de 1,5 cm

Componentes da Direcção do Grupo:
Presidente...................................Prof. Eduardo Augusto de Vasconcelos Nazareth Barbosa
Secretário....................................Jorge de Oliveira Lobato de Almeida
Tesoureiro...................................João Manuel Caldas Portela
Representante de Pais...............Luciano de Albuquerque Neves

Componentes da Chefia de Grupo:
Escoteiro Chefe de Grupo...Prof. Eduardo Augusto de Vasconcelos Nazareth Barbosa
Morador em: Rua José Ribeiro da Costa, nº 34 - Cartaxo
Telefone: 043 72339

Escoteiro Subchefe de Grupo..................Mário Júlio Roque dos Reis

Lisboa, 4 de Março de 1980



* 1980 foi um Ano determinante para o Grupo 72 com a formação de patrulhas, as primeiras actividades oficiais, o contacto com outros grupos da Associação, tudo era novidade.
Em finais de 80 e derivado à falta de tempo e à sua idade já um pouco avançada, retira-se o Escoteiro Chefe Fundador, o Prof. Eduardo Nazareth Barbosa, sendo Investido para o seu lugar o Escoteiro Chefe Mário Júlio Reis.
Com o decorrer dos anos o Grupo foi ganhando consistência e raízes no meio onde estava inserido e tornou-se o ponto de referência dos jovens do Cartaxo.
Estando sedeado numa dependência da Praça de Touros da Vila e não sendo muito apropriado para a prática de algumas actividades escotistas, assim como as suas condições não eram as melhores em termos de espaço, houve a necessidade de arranjar uma nova sede porque o Grupo estava muito grande.
Partindo à descoberta junto da Câmara Municipal do Cartaxo, o Grupo foi reinstalado na Qtª das Pratas, local onde permaneceu até 1987.
Durante cerca de 7 Anos de Ouro, foram realizadas grandes actividades de vulto junto da Câmara do Cartaxo e outras instituições, como a 1ª Exposição de Escotismo ao vivo na Feira dos Santos, integrado no seu 3º Aniversário (1 Nov. 1982), o 1º Festival da Canção Escotista também em 82, a criação do N.A.E.C. (Núcleo de Atletismo dos Escoteiros do Cartaxo), a construção do seu próprio Parque Escola na Qtª do Gaio, os grandes acampamentos de Grupo integrados no Aniversário de Baden Powell (22 Fevereiro), Apoio ás provas de tiro com arco do Ateneu Artístico Cartaxense (T.I.C.A.B.) Tiro Internacional de Caça com Arco e Besta.
Fora do Concelho o Grupo 72 também teve a sua marca em grandes actividades que o deram a reconhecimento perante algumas instituições.
A grande aventura de partir de bicicleta para o Algarve para participar no Ac/Regional de Faro (Acampamento Regional), as actividades em defesa do Meio Ambiente, como a do Rio Alviela (Alviela, fonte de vida!), Rio Almonda (Rio moribundo à procura de sentido!), as actividades de Montanhismo e Espeleologia nas inexploradas grutas do Alviela e Almonda na Serra dos Candeeiros, os acampamentos criados para as escolas do Concelho no desaparecido pinhal do Ripilau, o Acampamento Regional do Entroncamento e muitas mais, que quem as viveu nunca as irá esquecer.
Por volta de 1986 o Cartaxo já não é o mesmo de 79/80, outras organizações aparecem e de novo a novidade é o ponto alto, com o aparecimento do Núcleo de jovens da Cruz Vermelha do Cartaxo, o aparecer também de mais grupos de jovens da Igreja e outros, leva ao decréscimo dentro do Grupo 72.
Os jovens de 79/80 já tinham outros objectivos na continuação dos estudos a nível Universitário e aqui tinha obrigatoriamente que forçar os jovens a procurar Lisboa, Coimbra, para dar continuidade aos seus estudos.
Naturalmente que o tempo para os Escoteiros passava a ser nulo e as saídas eram inevitáveis, tendo as novas descobertas de vida também um papel fulcral para que o 72 começa-se a descer a nível de contingente.
Por esta altura também, a Chefia Regional de Santarém entra em culápso e fica sem Dirigente e como se não basta-se o Escoteiro Chefe de Grupo 72 da altura, Mário Júlio Reis, para os Escoteiros do 72 o " Pirata ", afastava-se também do Grupo para se candidatar a Escoteiro Chefe Regional, cargo que desempenha cerca de 1 Ano.
Durante esse Ano o Grupo fica sem a sua alma, o seu timoneiro e mais se acentua a queda do 72.
Não sendo muito positiva a passagem pela Chefia Regional, derivado a divergências com a Chefia Nacional, o ex. Escoteiro Chefe Mário Júlio abandona o Escotismo, não volta a ter mais contactos com o Grupo 72 a nivel de Chefia e este com várias tentativas de sobrevivência, através de quem se ainda ia mantendo a muito esforço, acaba por fechar as suas portas em Julho 1988, derivado também a termos ficado sem sede, porque a que possuíamos era da Câmara Municipal e como a Edilidade resolveu dar outro aproveitamento à Qtª das pratas, o que se pode ver hoje em dia e se elogia tal acto, mas assim ficamos na rua, sem sentido e sem rumo.
O que tanto tempo levou a construir, durante 2 longos anos nunca foi lembrado e nesse sentido o escuro ao bater na porta do 72, foi o perder de uma identidade, porque todo o seu historial arquivado, todo o espólio que o Grupo possuía, ficou ao abandono à mercê das intempéries e dos ratos, numa adega quase sem telhado onde chovia praticamente como na rua.
Existindo alguém com o conhecimento do que se estava a passar com o espólio do grupo quase pedido, tomou este a iniciativa de o salvar, recuperando ainda o que podia e guardando-o em sua casa.
Chegados ao ano de 1990, o Grupo 72 reabre as suas portas de novo, pela mão do Escoteiro Chefe João Leal, quem outrora o tinha tentado iniciar.
Aqui se louva tamanha atitude, pelo sentido da sua coragem, de sozinho conseguir levantar o que há muito estava esquecido.
" Obrigado João, a ti devemos hoje a nossa existência! "
Durante 5 anos o Grupo sendo liderado com algumas dificuldades derivado à falta de Dirigentes, sempre foi seguindo a sua pista com sentido e força, sendo estes os caminhos a seguir em frente, para hoje ainda ser o Grupo 72 da A.E.P.
1995 o ano das mudanças, por opção da Chefia Regional de Santarém, reentra para a Chefia do Grupo o Escoteiro Chefe Virgílio Cardador, antigo elemento caminheiro do Grupo e este com o apoio dos Encarregados de Educação dos elementos activos na altura, reaviva e afirma de novo o Escotismo no Cartaxo, levando o grupo 72 de novo ao merecido lugar de um Grupo de Escoteiros.
Desde então, ano de 1995 e até à actualidade, o 72 vai continuando o seu percurso natural com médias de 40 a 50 elementos, com as suas actividades e com um apoio incondicional dos pais dos seus elementos, caminha para o seu 30º Aniversário que comemomerá no dia 1 de Novemnbro de 2009.
A todos os pais, Entidades do Concelho e fora dele, Dirigentes e Escoteiros, que desde 1979 pertenceram e ajudaram este Grupo, fica aqui o nosso muito obrigado...BEM HAJAM!

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