sexta-feira, 15 de maio de 2009


O Corpo Nacional de Escutas - Escuteiros Católicos


Este Corpo de Escuteiros é reservado exclusivamente a membros da Igreja Católica, pois ela própria se afirma de Escotismo Católico Português.

No seu proselitismo é portanto, bem diferente da A.E.P. que mau grado a falta de entendimento de alguns Escoteiros-Chefes, sempre se afirmou aberta a todas as religiões e filosofias, desde que não colidam com os princípios que orientam o Escotismo.

O C.N.E. foi criado em 14 de Fevereiro de 1925, pelo Decreto nº 10589, com a designação de Corpo Nacional de "Scouts", graças aos esforços do Cónego Dr. Avelino Gonçalves e do Arcebispo Primaz de Braga, D. Manuel Vieira de Matos, que foi o seu principal impulsionador.

Todavia as primeiras diligencias para fundar um Corpo Católico de "Scouts" realizaram-se em 1922 e 1923. Foram fundados em Braga um Corpo de "Scouts" Católicos Portugueses e, no Porto, o Grupo de Scouts Católicos Portugueses (do qual o C.N.E se diz continuador), onde viu aprovado o seu primeiro estatuto em 27 de Maio de 1923, pelo Governo de António Maria Silva mas, em resultado de contestações surgidas foi retirada a aprovação dada e proibido o seu funcionamento.

Um dos elementos que mais lutou pela fundação do Corpo de Escoteiros Católicos, foi Franklim António de Oliveira, elemento da já existente Associação de Escoteiros de Portugal (1913), derivado a este em 1921 já ter idealizado em Portugal um Corpo de Escoteiros na Cruzada das Mulheres Portuguesas de que era o Comissário-Geral, organização que breve de dissolveu.

A formação religiosa ocupou desde a sua formação, o primeiro lugar no programa do C.N.E. e é directamente realizada sob a orientação e responsabilidade da Autoridade Eclesiástica.

Convém notar, por em, que os primeiros Estatutos aprovados por este Corpo de de Escoteiros não não faziam qualquer referência à crença de Deus, nem à sua relação com a Igreja, embora a sua prática fosse inegavelmente confessional e dependente da hierarquia Católica.

Com o crescimento da influência da Igreja Católica nos assuntos do Estado, verificada a partir de 1934, sentiu o C.N.E. um clima propício ao seu desenvolvimento e fixação por todo o Portugal, aumentando também o seu prestígio quer nacional quer internacional.

O facto histórico do C.N.E. ter nascido pela acção dos Escoteiros-Chefes da A.E.P. e o seu proselitismo religioso criaram no passado algumas divergências entre as duas Associações.

Todavia, o rodar do tempo e o Espírito Escotista de muitos jovens Escoteiros-Chefes, que ao longo dos anos têm procurado mais as questões que nos unem do que aquelas que nos separam, têm feito crescer uma sã convivência fraternal, que inúmeras vezes se manifesta nas muitas actividades e encontros que em todo o país se vão realizando, mas que mesmo assim, ainda em muitos casos aparecem situações um pouco elitistas por parte do Corpo Nacional de Escutas, na separação da identidade religiosa, na exclusividade de jovens Católicos praticantes, ao contrário da Associação de Escoteiros de Portugal, que não tem exclusividades, todos os jovens têm o pleno direito à igualdade, na prática do escotismo, sejam eles de que religião forem, tal qual Robert Baden Powell assim idealizou.

É dentro deste contexto, que ainda vão aparecendo pequenos focos de diferenças entre a A.E.P. e o C.N.E. e que todos os Dirigentes de cada uma das Associações devem continuar a sanar do escotismo em Portugal.

É pois, questão fundamental para o prestígio do Movimento no nosso país, considerando como firme esta recomendação, que todo e qualquer Dirigente Associativo tenha perante os nossos irmão do C.N.E. um comportamento de aberta e franca camaradagem escotista, desenvolvendo o mesmo espírito nos jovens escoteiros que lhes pertença orientar.
O C.N.E tem os seguintes Órgãos Nacionais Associativos:
Conselho Nacional, Conselho Nacional Plenário, Conselho Nacional de Representantes, Junta Central e Comissão Fiscalizadora.

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